:: Texto de ambientação ::
linhas poéticas foram sorvendo esse encontro, que trouxe um emaranhado de questões sobre a necessidade de uma linguagem… o que seria o poema dentro dessa rede infinita que a língua constrói? Aline e Heyk costuraram algumas salivas, provocaram alguns sabores, puxaram o fio de certas glândulas! quando foi possível perceber a passagem do Tempo, estávamos a tricotar frases: a tarde passou, a noite chegou e a conversa continuou a caminhar pela rua…
as perguntas que eu lancei pro encontro com Aline Guimarães e Heyk Pimenta foram:
ALINE GUIMARÃES:
– enquanto atriz, como a palavra alimenta a construção do seu gesto?
– como poetisa, como se dá o trânsito entre o corpo e a palavra no momento em que você sente que um poema está nascendo?
– o que é uma dramaturgia do corpo para você e como se deu a construção dessa dramaturgia em “Tudo balança porque deus dança”, que foi inspirado em seu livro de poesias com o mesmo título?
HEYK PIMENTA:
– onde a palavra ganha corpo e o corpo faz nascer palavras no seu processo de criação?
– em “sopro, sopro”, quais foram as sensações corporais vivenciadas no seu processo de criação?
– qual a palavra do corpo e qual o corpo da palavra? o que pode ser poesia corporal e o que pode ser um corpo poético?
as perguntas entre artistas que não têm respostas:
Aline para Heyk: quanto mais experimentamos do mundo, mais percebemos que o poema é uma pérola da literatura: o estado poema é alimentado ou desafiado?
Heyk para Aline: por que só a multiplicidade / diversidade que basta? por que o pequeno não basta?
… … …
e as fotos: